
O consumo de energia elétrica no Brasil apresentou novo crescimento em junho de 2025, com aumento de 1,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A informação foi divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por meio do Boletim Mensal de Carga. Segundo o relatório, a carga média no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi de 77.055 Megawatt Médio (MWmed).
No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão do consumo alcançou 3,2%, reforçando uma tendência de alta sustentada mesmo em um cenário de temperaturas amenas no país.
Nordeste mantém trajetória de crescimento
Entre os quatro subsistemas do SIN, o maior crescimento mensal foi observado nas regiões Sul (5,3%), Norte (4,9%) e Nordeste (2,9%). O subsistema Sudeste/Centro-Oeste também teve desempenho positivo, com avanço de 2,2% no acumulado anual.
A região Nordeste, em especial, manteve sua trajetória de elevação da demanda, refletindo o aumento da atividade econômica e a expansão da infraestrutura elétrica em estados como Ceará, Bahia e Pernambuco.
Clima impacta comportamento da demanda
A variação na demanda energética foi influenciada por fatores climáticos, como o volume de chuvas acima da média e temperaturas mais amenas registradas em junho. Essas condições tendem a reduzir o uso de aparelhos de refrigeração, ao mesmo tempo em que alteram o padrão de consumo nas residências, indústrias e comércio.
Apesar dessas variações, o comportamento da carga elétrica permaneceu em linha com as projeções do ONS, que segue monitorando os indicadores de forma contínua para assegurar a operação segura e eficiente do sistema.
Segurança energética em foco
A gestão do SIN é estratégica para garantir o fornecimento de energia elétrica à população e aos setores produtivos do país. A estabilidade na oferta e a expansão planejada da capacidade de geração e transmissão são pilares para o crescimento econômico sustentável.
O monitoramento mensal da carga permite aos operadores prever picos de consumo, preparar o sistema para variações sazonais e mitigar riscos de desabastecimento, mantendo a segurança energética como prioridade nacional.