Brasil lidera ranking de milionários na América Latina — e também de desigualdade

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A riqueza e as gerações: Os boomers trabalharam e enriqueceram. Os netos vão herdar.

🧠 O que importa

O Brasil é o país com mais milionários na América Latina e ocupa o 19º lugar no ranking global, segundo o Global Wealth Report, do UBS.

Mas também lidera outro ranking: o de maior desigualdade de riqueza entre 32 países avaliados.

🔢 Os números
• 🇧🇷 433 mil brasileiros possuem mais de US$ 1 milhão.
• 🔺 Crescimento de 1,6% no número de milionários entre 2023 e 2024.
• 🥉 Brasil será o 3º país no mundo com maior transferência de riqueza nas próximas duas décadas — atrás só de EUA e China.
• 💸 Estima-se que US$ 9 trilhões troquem de mãos no país, entre heranças e sucessões.

⚖️ O preço da riqueza
• O país lidera o ranking de maior desigualdade, segundo o coeficiente de Gini patrimonial.
• Apesar da alta na criação de riqueza, a concentração segue alarmante.

📈 A riqueza média por adulto subiu 6,4% em 2024.
🔺 A riqueza mediana cresceu 9%, ambas descontando a inflação.

🔍 Por que isso acontece?

“Não é surpresa, mas é um alerta claro”, diz Marcello Chilov, presidente da divisão de fortunas do UBS na América Latina.

• A explicação passa pelo perfil da economia brasileira:
• Mercado interno forte.
• População empreendedora.
• Alto volume de investimentos focados no próprio país.

💰 70% a 80% do patrimônio dos brasileiros ricos está investido no mercado local — o oposto de outros países da região.

🌎 Mudança à vista
• Ricos brasileiros começam, aos poucos, a diversificar para o exterior.
• EUA, Europa e Suíça seguem como destinos preferidos, mas cresce o interesse por Ásia e China.

🔮 O fator sucessão
• A próxima década será marcada por uma transferência inédita de patrimônio no país, puxada pela geração dos baby boomers (1946-1964).
• Isso reflete uma nova mentalidade sobre herança, sucessão e planejamento financeiro — menos tabu e mais estratégia.

🧠 Vá mais fundo
• Se a Bolsa e o real seguirem em alta, o número de milionários deve crescer ainda mais em 2025.
• A combinação de riqueza crescente, desigualdade estrutural e desafios na sucessão patrimonial definirá o futuro do Brasil na economia global.

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