
Por que importa
PSB e Cidadania acertaram em Brasília a formação de uma nova federação partidária para sobreviver à cláusula de barreira já em 2026. Juntas, as siglas somam 20 deputados e ganham fôlego para manter fundo partidário, tempo de TV e relevância nacional.
O que muda na prática
📌 Federação obriga união real: partidos atuam como se fossem um só em Câmara, Senado, assembleias e câmaras municipais.
📌 Meta: garantir mínimo de 13 deputados federais ou 2,5% dos votos válidos em pelo menos 9 estados — ou perdem recursos e tempo de propaganda. No Ceará, o senador Cid Gomes projeta eleger cinco ou seis federais, o que já garantiria quase a metade da meta.
📌 Candidato único: as legendas são obrigadas a apoiar o mesmo nome para presidente em 2026.
Quem costurou o acordo
👥 João Campos (PSB), prefeito do Recife, e Comte Bittencourt (Cidadania).
“Politicamente, o desejo de ambos é construir um projeto em conjunto”, disse Bittencourt.
➡️ Para o Cidadania, a federação é questão de sobrevivência: o partido tem hoje só 5 deputados e risco real de ficar sem fundo.
Próximos passos
⚖️ PSDB na berlinda: o Cidadania ainda integra uma federação com o PSDB, formada em 2022. A direção consulta o TSE para saber se pode romper antes do prazo de quatro anos.
📅 Prazo legal: partidos devem registrar federação pelo menos 6 meses antes da eleição, com estatuto e programa comuns.
Na prática, o que significa
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Soma de forças: federação vira “mini coligação permanente” — soma votos e bancada.
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Menos fragmentação: atende à pressão do Congresso para reduzir siglas nanicas.
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Apoio ao governo: PSB segue aliado do Planalto; o Cidadania, que apoiou Tebet em 2022, deve afinar discurso à esquerda.
Contexto recente:
📊 Em 2022, o PSB indicou Alckmin para vice de Lula. Já o Cidadania foi com Tebet no 1º turno, mas apoiou Lula no 2º.
O que observar
✅ O movimento mostra que pequenos partidos vivem “corrida pela sobrevivência” até 2026.
✅ Federações ganham força como solução para driblar a cláusula de barreira.
✅ Nova configuração pode influenciar palanques estaduais e apoios no 1º turno presidencial.