O fato: O percentual de pessoas trabalhando na informalidade no Brasil caiu para 38,3% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que, de um total de 103 milhões de trabalhadores no país, 39,5 milhões estavam sem carteira assinada ou sem CNPJ. A redução é significativa quando comparada ao trimestre anterior (38,9% ou 40,3 milhões) e ao mesmo período de 2024 (39% ou 39,2 milhões).
Redução da informalidade: O IBGE destaca que, apesar da queda no percentual de trabalhadores informais, a informalidade ainda permanece elevada, com um recuo maior no número de pessoas sem carteira assinada no setor privado. Em janeiro de 2025, esse número caiu 0,23%, passando de 6,967 trilhões em dezembro para 6,176 trilhões, após um resgate líquido de R$ 79,97 bilhões em títulos prefixados.
Aumento na população empregada: Por outro lado, o número de empregados com carteira assinada no setor privado registrou uma leve estabilidade na comparação trimestral (39,3 milhões), mas teve um crescimento de 3,6% na comparação anual, com 1,4 milhão a mais de pessoas contratadas. No geral, a população ocupada ficou 2,4% acima do resultado apurado em janeiro de 2024, embora tenha diminuído 0,6% em relação ao trimestre anterior.
Desemprego e reajuste no mercado de trabalho: A taxa de desemprego subiu para 6,5% no trimestre, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, mas ainda abaixo do registrado no mesmo período de 2024 (7,4%). A população desocupada foi de 7,2 milhões de pessoas, com um aumento de 5,3% em relação ao trimestre anterior, embora tenha diminuído 13,1% na comparação anual. O pesquisador William Kratochwill apontou que esse aumento foi impulsionado pela troca de governos municipais, o que gerou a perda de postos de trabalho na administração pública.
Crescimento por setores: Em termos de atividades econômicas, não houve crescimento na comparação trimestral, mas houve quedas significativas em áreas como agricultura e administração pública. No entanto, na comparação anual, diversos setores apresentaram crescimento, com destaque para a indústria, construção, comércio, e áreas de serviços como informação, comunicação e atividades financeiras.
Rendimento e subutilização: O rendimento médio real habitualmente recebido pelo trabalhador brasileiro atingiu R$ 3.343, valor superior ao do trimestre anterior e ao registrado no mesmo período de 2024. A massa de rendimento real também apresentou crescimento de 6,2% no ano, alcançando R$ 339,5 bilhões.
A população subutilizada, que inclui desempregados e aqueles que poderiam trabalhar mais do que estão atualmente, manteve estabilidade no trimestre, enquanto a população desalentada – pessoas que desistiram de buscar trabalho – teve um aumento de 4,8% no trimestre, mas uma redução de