
A federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP), decidiu que todos os filiados das siglas devem deixar o governo Lula (PT). A medida, que será oficializada ainda hoje, implica a saída dos ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo) da Esplanada até o fim de setembro.
A decisão foi motivada por críticas recentes de Lula aos presidentes das legendas, Antonio Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP). O petista cobrou maior fidelidade de seus ministros, o que gerou desconforto e alimentou pressões internas pelo desembarque.
Apoio a Bolsonaro
Além da ruptura, a cúpula da União Progressista anunciou apoio a um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nos bastidores, Fufuca e Sabino tentaram segurar suas cadeiras para preservar projetos eleitorais de olho no Senado em 2026. Mesmo assim, as legendas têm dado sinais de aproximação à possível candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Cargos estratégicos preservados
Apesar da saída formal, aliados do União e do PP continuarão em posições-chave no governo, como Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações), além de Carlos Vieira, indicado pelo PP para a presidência da Caixa Econômica Federal.
Impacto no Congresso
Com a debandada, a base de Lula na Câmara deve encolher para 259 deputados, apenas dois a mais que o mínimo necessário para a maioria simples. A mudança aumenta as dificuldades de articulação política do governo e reforça a dependência do Planalto em negociações caso a caso com o centrão.