Equipe Focus
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Com o surto de gripe misturado ao crescimento de casos de covid-19, as vendas de medicamentos antigripais nas farmácias dispararam nas últimas semanas.
A procura por remédios para coriza, febre e dor de cabeça, muitos comercializados sem receita, triplicou em alguns estabelecimentos, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A alta coincide com o surgimento de relatos de pacientes sobre dificuldades para encontrar os remédios em farmácias. Algumas das principais farmacêuticas do País confirmam o crescimento, mas garantem não haver desabastecimento. Por outro lado, a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) vê faltas pontuais.
Na Ultrafarma, a venda de antigripais neste início de janeiro e no fim de dezembro chega a ser 142% maior do que no mesmo período de 2021.
Também há grande procura por vitamina C e analgésicos. Com isso, a reposição de estoques é diária.
No caso da Pague Menos, a rede informou ter observado “um aumento relevante nas vendas de produtos da categoria gripes e resfriados em novembro e dezembro de 2021, comparadas com o mesmo período de 2020”.
Segundo os dados da RaiaDrogasil, desde o início de dezembro a demanda por produtos de combate aos sintomas de gripe chegou a triplicar em alguns casos, no comparativo com os últimos três meses.
“Os médicos estão prescrevendo muitos antimicrobianos e antibióticos e estamos percebendo a falta pontual em algumas farmácias”, explica Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma “As empresas foram pegas no contrapé. Tudo isso coincidiu com o recesso, quando a indústria costuma dar férias coletivas para os funcionários.”