Equipe Focus
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As infecções de COVID-19 vinham em queda no Brasil, mas o índice de testes positivos em farmácias e laboratórios dá sinais de uma nova alta da circulação do vírus no País.
Em São Paulo, escolas já registram outra vez grupos de alunos contaminados e voltam a exigir máscaras diante do novo cenário.
Entre os motivos, estão o menor uso de máscaras, que deixou de ser obrigatório na maioria dos locais, e o retorno dos eventos sociais, como festas de aniversário e confraternizações. A capital paulista, diz a Secretaria Municipal de Saúde, registrou 5,6% de aumento de infectados nos últimos três dias – considerando um cenário de baixa testagem. Esta subida também reflete efeitos das aglomerações e deslocamentos nos feriados de Semana Santa e Tiradentes, quando houve um carnaval fora de época na cidade.
No Gracinha, que fica no Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, o diretor Wagner Borja explicou que as atividades chegaram a ser suspensas no ensino médio e a concentração de casos nesta faixa etária parece estar relacionada às festas realizadas aos finais de semana. “Tivemos um aumento de casos em meados de abril, chegamos a suspender as atividades presenciais por três dias, antes do feriado da Páscoa. Retomamos a obrigatoriedade do uso de máscaras em sala. Após essas medidas, houve um retorno para o patamar anterior”, explicou.
A direção do Colégio Bandeirantes, na Vila Mariana, zona sul, enviou comunicado em meados de abril para seus alunos reforçando as medidas para evitar o contágio. “Nos últimos dias, notamos um aumento nos números de casos e, consequentemente, turmas foram fechadas… Dentro desse cenário, recomendamos fortemente a utilização de máscaras nas dependências da Escola. Pedimos, mais uma vez, a todos, que não venham sintomáticos para o Colégio”, disse.
Já o Colégio Equipe, em Higienópolis, na região central, também precisou suspender alguns grupos por causa de casos de COVID. “Temos observado aumento no número de casos”, diz a diretora Luciana Fevorini. “O uso de máscara continua sendo obrigatório. Ainda mantivemos o distanciamento e bolhas controladas de estudantes”, acrescenta.
Na Grande São Paulo, o Colégio Stocco, de Santo André, diz oferecer suporte para que docentes e alunos impossibilitados de ir por causa da COVID possam ter acesso remoto aos conteúdos e às produções realizadas em sala de aula. Recentemente apenas um aluno se contaminou e precisou fazer aula online em sua casa. “A máscara não é mais obrigatória, mas boa parte da comunidade escolar prefere continuar utilizando-a. Outras ações de higiene tornaram-se habituais e continuam sendo fortalecidas, tais como o uso de álcool em gel e lavagem permanente das mãos”, afirma a direção. “As enfermeiras do colégio estão sempre atentas a qualquer sintoma que possa inspirar cuidados e as famílias são imediatamente contatadas, a fim de que possam tomar providências e realizar o exame para descartar COVID e comunicar ao colégio ”
O Colégio Agostiniano Mendel, no Tatuapé, na zona leste, não verificou crescimento de casos entre os alunos, mas mesmo assim atualizou seus protocolos com base nas orientações da equipe médica do Hospital Israelita Albert Einstein. A escola chegou a ter uma semana com nenhum caso positivo e, no momento, tem três casos.
Em abril, o Mendel promoveu campanha de vacinação contra gripe em parceria com uma clínica que ofereceu descontos para os alunos. Outra estratégia do colégio tem sido escalonar os horários de entrada, intervalo e saída, para evitar aglomerações
Já o Santa Cruz, tradicional escola em Alto de Pinheiros, na zona oeste, informou que não houve alteração dos protocolos nas últimas semanas, pois o número de casos se mantém em níveis baixos. “Quanto aos cuidados em relação às síndromes respiratórias graves, a escola vacinou educadores e seus dependentes contra a gripe e recomendou que famílias e alunos sejam vacinados também.”