Uma mulher de 30 anos, de São Paulo, entrou com uma ação na Justiça pedindo a exclusão definitiva de sua conta na Blaze, plataforma de jogos digitais. Desde que ingressou na plataforma em 2022, ela relata vício compulsivo, comprometendo seu salário e contraindo empréstimos para sustentar o hábito. Em desespero, ela recorreu à Justiça após tentativas frustradas de autoexclusão.
Por que importa: O caso expõe a falta de mecanismos eficazes de proteção para jogadores compulsivos e questiona a responsabilidade das plataformas de apostas online, como a Blaze, que é patrocinadora de clubes como Santos e Atlético Goianiense e tem Neymar como garoto-propaganda.
Detalhes do caso:
• A mulher acusa a Blaze de permitir a reativação de sua conta durante crises, mesmo após ser informada sobre seu vício. Ela afirma que a empresa continua enviando ofertas para incentivá-la a jogar, o que é visto como negligência.
• O advogado da autora, Glauco Ramos, destaca que sua cliente “não possui autocontrole devido à doença” e que a Blaze falhou em garantir uma exclusão permanente.
O que diz a Blaze: A empresa afirmou desconhecer o processo, mas reforçou seu compromisso com o jogo responsável e mencionou ferramentas de controle, como limites de gastos e autoexclusão, que a autora alega serem ineficazes.
Contexto: A compulsão por jogos é reconhecida como uma doença pelo Instituto de Psiquiatria da USP. Em entrevista ao UOL, o professor Hermano Tavares explicou que o vício pode “prejudicar relações sociais, trabalho e saúde”.
Fontes: UOL, Instituto de Psiquiatria da USP.