As ações da Azzas 2154 (AZZA3), fruto da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, tiveram alta de 1,08% nesta terça-feira (10), alcançando R$ 47. O desempenho positivo foi impulsionado pela revisão das estimativas do Goldman Sachs, que ajustou suas previsões após a conclusão da fusão e a divulgação dos resultados do segundo trimestre.
O que o mercado vê:
- Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para AZZA3, com um preço-alvo de R$ 74, apontando um potencial de valorização de 59,1% nos próximos 12 meses.
- Analistas aguardam resultados da integração das empresas para avaliar o sucesso das sinergias, estimadas em 10% da capitalização de mercado.
Cenários possíveis:
- Pessimista: Ação negociada a 14,9x P/L, em linha com a antiga ARZZ3.
- Intermediário: Ação a 11,3x P/L, abaixo de Lojas Renner (13,3x P/L).
- Atual: Ação com P/L projetado de 9,3x para 2025, um desconto de 20% em relação ao setor.
Impacto fiscal:
O impacto das sinergias depende da carga tributária futura da Azzas 2154. A empresa pode se beneficiar de subsídios fiscais e de uma taxa de pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de 50% nos próximos anos.
Por que importa para o Ceará?
A Arezzo &Co, com marcas como Arezzo, Schutz, Anacapri, e Vans, tem presença forte em Fortaleza e recentemente começou a produzir no Ceará, após assumir a estrutura fabril da Paquetá. A fusão com o Grupo Soma, dono de marcas como Farm, Animale e Hering, deve criar o maior conglomerado de moda do Brasil, com mais de 20 marcas e 2.000 lojas.
Vá mais fundo: Em Uruburetama, a Arezzo assumiu cerca de 1.520 funcionários, com todo o passivo trabalhista. Em Tururu, segundo dados da SDE, a empresa está em operação com 150 funcionários.