IFCE adota programa ousado de semicondutores, quer capacitar mais de 6 mil profissionais e trabalhar com empresas de tecnologia

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Semicondutores. Foto: Freepik.

O Ceará terá mais seis mil novos profissionais no mercado de semicondutores. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) adotou o programa Embarcatech que vai capacitar os jovens para atuar no mercado de tecnologia. A bolsa é de R$ 3.500.

Para ingressar no segmento, o IFCE vai oferecer a formação de design de semicondutores, sendo voltada para alunos de graduação e pós-graduação nas áreas de engenharias, computação, matemática, física, dentre outras. A iniciativa trata do processo de engenharia para projeto de dispositivos semicondutores digitais e analógicos.

Em entrevista ao Focus, o reitor Wally Menezes, afirmou que os jovens formados serão inseridos dentro das empresas de tecnologia. “Os alunos vão aprender as ferramentas de projeto de circuitos digitais e analógicos para a indústria de semicondutores”, pontua.

“Os estudantes vão fazer uma imersão do curso na Europa, na Ásia, nos Estados Unidos, visando desenvolver tecnologias específicas para a indústria, agro, comércio e meio ambiente”.

Como funciona?

O programa EmbarcaTech é dividido em duas etapas. A primeira etapa é totalmente realizada no formato EaD, na qual os alunos terão acesso a um kit de desenvolvimento de sistemas embarcados e aos softwares de apoio. Na segunda etapa, os alunos terão aulas em um modelo híbrido, podendo desempenhar suas atividades nos institutos ou em empresas parceiras do programa.

No programa CI-Inovador, os alunos tem uma formação presencial com duração de seis meses. Alguns alunos selecionados farão visitas técnicas em empresas do exterior, além de realizar estágios em empresas brasileiras.

Ainda segundo o reitor, o Brasil conta com um crescente ecossistema de empresas na área de semicondutores. “Podemos citar: HT Micron, CEITEC, Unitec, SMART Modular Technologies. Além dessas empresas, existem iniciativas empresariais incubadas em universidades e centros de tecnologia que necessitam de mão de obra especializada na área de semicondutores”, disse.  Para Wally, serão todas as empresas que desenvolvem tecnologia, as indústrias e principalmente as empresas que desejam sobreviver no mercado.

Além do IFCE outros atores serão os formadores nesse projeto com o IFRN, IFPI, IFMA, CEPEDE, HBr, e já no programa CI-Inovador, também com a participação do IFCE USP, UFC, Unicamp, UFSM, UNB, UFRGS, UFCG. Todas essas instituições possuem larga experiência na área de microeletrônica.

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